Em uma residência, a escada vai muito além de permitir a circulação entre um andar e outro, pois permite definir a identidade do projeto por meio do estilo e dos diferentes materiais e cores.
Fotos: JP Image
Porém, o formato da escada é o que realmente a define, já que assim o projetista consegue determinar o tamanho do desnível, área de projeção e a disposição dos degraus.
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Entre os fatores determinantes para a definição da escada estão metragem disponível no ambiente, tipo de instalação e a segurança.
Primeiros passos:
Antes de decidir quanto ao tipo para a sua residência, o arquiteto faz uma análise detalhada para a realização do cálculo que engloba inclinação, pisada e altura dos espelhos.
“Com essa conta, é possível estabelecer a quantidade de degraus para vencer a inclinação do espaço e assim chegarmos à configuração de escada que melhor atende o ambiente”, revela a arquiteta Karina Korn.
Seguir as indicações da NBR 9050 (Norma Brasileira) determinada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é outra prerrogativa. Para questões de segurança, ergonomia e conforto, o espelho padrão (altura do degrau) indicado é de 16 a 18 cm e a pisada entre 28 a 32 cm.
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Quanto à largura, a NBR determina que o projeto deve oferecer uma largura mínima de 80 cm para espaços residenciais. No entanto, a metragem de 1,20m é considerada como uma medida perfeita para mais conforto.
A segurança deve ser valorizada, principalmente em casas com crianças ou idosos. Nesse caso, o modelo convencional reto, com corrimão de 85 a 90cm de altura, se aplica como o mais indicado. “Caso exista um vão aberto, o guarda-corpo também é um item indispensável”, aconselha a arquiteta Ieda Korman.
Saiba mais sobre cada tipo de escada:
Reta: a mais tradicional dos modelos é construída em uma só direção, ou seja, não tem curvas.
Em L: como o próprio nome diz, esse modelo é projetado no formato da letra L, ou seja, há uma mudança de direção a 90 graus para um dos lados.
Caracol: também chamada de helicoidal, ela apresenta um eixo central de onde partem todos os degraus.
Circular: diferentemente da escada caracol, os degraus dessa alternativa formam curvas mais orgânicas e não seguem um eixo central.
Em U: também com duas direções, os lances desse modelo são conectados por um grande patamar e seguem direções opostas, desenhando um U. Neste caso, há uma mudança de direção a 180 graus para um dos lados.
Autoportante: também conhecida como flutuante ou suspensa, ela tem toda estrutura metálica embutida em uma parede lateral, onde os degraus ficam.
Tipos de materiais:
Não faltam opções de materiais para as escadas, mas podemos citar como os principais: madeira, aço e concreto. O que difere mesmo são os tipos de revestimentos para o piso e espelho, bem como o material do corrimão e guarda-corpo.
De um modo geral, a escolha dos materiais deve priorizar a segurança dos usuários e não apenas a estética do projeto. Por isso, é indispensável que o material da pisada seja antiderrapante.
“A madeira, por exemplo, é antiderrapante devido aos seus veios e nunca sai de moda. Quando usada no seu aspecto bruto, confere um visual mais rústico, porém, quando combinada com elementos em vidro e inox, o resultado pode trazer leveza, modernidade e elegância”, revela Karina Korn.
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Pedras naturais também fazem bonito quando o assunto é projeto de escadas, e os mais comuns são o mármore e o granito.
O mármore costuma ser mais elegante, mas em contrapartida o preço é menos acessível. Assim, o granito se sobressai por sua durabilidade e custo-benefício para a obra. Outro material bastante comum é o porcelanato, que substitui com excelência as pedras naturais e a madeira.
Em linhas gerais, o fator determinante é o gosto do morador e o estilo do projeto.